Você sabe o que é um mercado de trocas laterais? Os profissionais estão familiarizados com o termo peer-to-peer, porém a definição de trocas laterais amplia esse conceito, englobando todas as empresas que operam em plataformas tecnológicas próprias, como Uber®, Cabify®, Kickstarter®, AirBNB® entre tantas outras. Essas empresas, por meio de suas plataformas, conectam pessoas, auxiliam o encontro entre indivíduos que oferecem produtos/serviços a possíveis clientes ou ainda centralizam as operações entre esses indivíduos.
Em um estudo realizado durante 6 anos, pesquisadores da Califonia State University classificaram essas empresas em 4 grupos – Fóruns, Facilitadoras, Pareadoras e Hubs – indicando quais são os fatores chave para o sucesso de cada uma:
- FÓRUNS são empresas que reduzem os custos de busca e facilitam a conexão entre as partes Ex. Carpool® e Blablacar®. O sucesso dessas empresas está relacionado ao investimento na plataforma para alcançar o maior número possível de pessoas e melhorar a comunicação entre as partes.
- FACILITADORAS são empresas como o Catarse® e Mercado Livre®, que geram valor ao facilitar a procura e a decisão de investimento. Nesse tipo de empresa, deve-se facilitar, padronizar e simplificar a comunicação e a transmissão do valor.
- PAREADORAS são empresas que geram valor ao parear apropriadamente pessoas e estabelecer relações, exemplo desse tipo de empresa é o Uber®. Para essas empresas é fundamental gerenciar os riscos que envolvem a operação, para tanto é recomendado seleção adequada das partes, oferecer garantias, e verificar da reputação e qualidade.
- HUBS são empresas que centralizam as trocas e relações como, por exemplo, a fintech Nexoos®. A plataforma tem muita importância para essas empresas, devendo-se investir na tecnologia da plataforma e na marca da empresa com o objetivo de atrair mais atores para dento do Hub.
Partindo-se dessas categorias, descobriu-se que muitas vezes o sucesso dessas empresas está associado a dois aspectos: (i) da capacidade tecnológica da plataforma em gerir e intermediar as relações, e (ii) da extensão das relações entre as pessoas que utilizam essas plataformas.
Por Antonio Pisicchio
