Nos Estados Unidos há mais de 1,5 milhões de instituições sem fins lucrativos, as quais arrecadam mais de 258 bilhões de dólares em doações. Porém, mesmo com esses resultados, as entidades apresentam dificuldades financeiras para suprir as demandas por seus serviços e para a estabilização do fluxo de doações. Diante desta situação, qual seria o melhor modo de aumentar as arrecadações? Uma pesquisa recente mostrou que as decisões sobre a intenção de doação podem ser divididas em dois grupos: utilizando informações relacionadas ao doador, ressaltando características intrínsecas a pessoa e a sua auto percepção, ou com informações relacionadas à organização ou causa, que se referem ao pedido de donativos. Assim, quando a intenção é aumentar o número de pessoas que realizam a doação, a ação deve focar no doador (mostrando que a missão da organização aparenta ser boa), já quando a intenção é aumentar o volume das doações, o foco deve ser na organização ou na causa (mostrando que a contribuição fará grande diferença). Mas atenção, usar ambas as estratégias, ao contrário do que se possa imaginar, não aumentará nem o fluxo de doações, nem o número de doadores. Assim, organizações devem escolher o que mais as beneficiará (fluxo de doações ou número de doadores), visto que adotar ambas estratégias terá efeito nulo nos resultados.

Por Rafael Demczuk

Fonte:

Fajardo, T. M., Townsend, C., and Bolander, W. (2018). “Toward an Optimal Donation Solicitation: Evidence from the Field of the Differential Influence of Donor-Related and Organization-Related Information on Donation Choice and Amount.” Journal of Marketing, Vol. 82, No. 2, pp. 142-152.