Por: Lucas Finoti

Graças à evolução tecnológica, a análise da mente do consumidor tem ficado cada vez mais precisa (apesar de ainda estar distante da realidade da maioria das empresas). Um estudo recente, conduzido por cientistas holandeses, mostrou como pesquisadores e gestores de marketing podem se beneficiar dos exames de ressonância magnética para analisar o processamento dos estímulos de marca das empresas. Esse não é o primeiro estudo a analisar imagens cerebrais para entender o comportamento do consumidor. Na última década, os pesquisadores de marketing têm conseguido mapear as áreas do cérebro que são estimuladas pela comunicação, porém, o que os cientistas conseguiram nesse estudo foi isolar e comparar como informações de marcas diferentes são processadas no cérebro dos consumidores. Eles conseguiram mostrar que determinadas imagens de marca (por exemplo a Dell e a RedBull) são processadas de forma semelhante na mente dos consumidores. Esse resultado abre um novo caminho para o entendimento de como o investimento em comunicação afeta o comportamento de consumo. De forma geral, os achados dessa pesquisa contribuem para que empresas melhor formulem suas estratégias de co-branding (quando duas marcas se unem para fins promocionais). Ou seja, ao analisar como os consumidores mentalmente processam as imagens de marca, as empresas podem desenvolver estratégias mais assertivas de co-branding entre marcas que são mentalmente avaliadas de forma semelhante pelos consumidores.

 

Chan, H. Y., Boksem, M., & Smidts, A. (2018). Neural profiling of brands: Mapping brand image in consumers’ brains with visual templates. Journal of Marketing Research.