Por Lucas Finoti
A crescente utilização de inteligência artificial pelas empresas tem trazido ao mercado uma enxurrada de novidades tecnológicas que tem como objetivo facilitar a vida dos consumidores. Podemos citar, por exemplo, os aspiradores de pó que fazem a limpeza da casa sozinhos, e os carros autônomos, que prometem revolucionar o mercado automobilístico. Apesar da grande euforia em volta dos produtos com inteligência artificial, um grupo de pesquisadores holandeses faz um alerta aos gestores de marketing: nem todos consumidores querem que seus produtos sejam
automatizados. Antes de investir na automação é preciso entender quais as motivações dos consumidores quando usam os produtos. Para os pesquisadores, a automação é mais desejável se a utilização do produto é realizada por motivos racionais ou de conveniência (por exemplo, o aspirador de pó que pode ajudar o cliente a diminuir os custos com a limpeza da casa). No entanto, a automação não é recomendada se o consumidor utiliza o produto como uma forma de expressar a sua identidade (por exemplo, o consumidor que compra um jipe para participar de trilhas
de aventura). Assim, ao entender porque o consumidor utiliza os produtos da empresa, a decisão entre investir ou não em automação fica mais segura.

Fonte: Leung, E., PaolacciI, G., & Puntoni, S. (2018). Man versus machine: resisting automation in identitybased consumer behavior.  Journal of Marketing Research, 55 (6), 818-831.