Por Ana Munaro

Você está assistindo o episódio final da série que lhe prendeu nos últimos meses, quando simplesmente, a luz acaba sem previsão de voltar. E agora? Na ânsia e curiosidade de saber o que acontecerá na série, você come a barra de  chocolate que tinha guardado, para lhe recompensar pela frustração sofrida. Isso é normal? Quais podem ser as consequências se a curiosidade de alguém não for satisfeita?
Uma pesquisa descobriu que a fome de informação que acompanha a curiosidade converte o desejo por  conhecimento em um desejo por recompensas. Mas não é qualquer recompensa! Consumidores curiosos são mais propensos a escolher recompensas indulgentes* do que funcionais. Os produtos indulgentes parecem proporcionar uma gratificação de forma mais rápida e eficiente em comparação com as recompensas utilitárias. Assim, as indulgências atraem mais a atenção e causam melhor impressão nos consumidores. Esse efeito, por sua vez, tem profundas consequências para uma variedade de atitudes e comportamentos do consumidor, como a disposição desses em pagar por produtos luxuosos, optar por serviços premium, bem como o consumo indulgente de alimentos.

Fonte: Wiggin, K. L., Reimann, M., & Jain, S. P. (2018). Curiosity tempts indulgence. Journal of Consumer Research, 45(6), 1194-1212.