Por Demétrio Mendonça

Consumidores têm experimentado uma nova maneira de utilizar produtos e serviços, a qual – por meio do compartilhamento – permite o acesso a recursos, como veículos, acomodações e outros serviços. Essa atividade é conhecida como economia compartilhada, um novo modelo econômico que surgiu a fim de dar ênfase ao uso de recursos, por meio da transferência de valor econômico entre empresa e consumidor. Assim, plataformas tecnológicas são utilizadas para conceder acesso temporário a produtos e serviços, sendo então uma alternativa à propriedade permanente.

Muitas empresas têm adotado esse modelo de negócio, e como exemplos é possível citar a BlaBlaCar, como uma plataforma que oferece o serviço de caronas, onde motoristas e passageiros podem compartilhar o custo de viagens; e a Airbnb que atua com serviços de acomodações onde anfitriões anunciam seu espaço e viajantes reservam acomodações; e alguns outros como Yellow, Green, etc.

No entanto, essa forma emergente de negócio tem implicações importantes a serem consideradas para a prática do marketing. Deve-se destacar:

  • A atuação junto a entidades reguladoras;
  • A segurança do usuário;
  • A gestão de informações de consumidores em tempo real;
  • A garantia da experiência do usuário; e
  • A definição de formas de apropriação de valor.

Além disso, reconhecer os tipos de bens e serviços que são compartilháveis e que se encaixam nesse modelo econômico ainda é um desafio a ser confrontado por profissionais de marketing.

 

Fonte: Eckhardt, G. M., Houston, M. B., Jiang, B., Lamberton, C., Rindfleisch, A., & Zervas, G. (2019). Marketing in the Sharing Economy. Journal of Marketing, 83(5), 5–27.