Por Loise Cristina Schwarzbach

Considerando que 85% dos consumidores preferem lojas físicas para tocar e sentir os produtos antes de comprar, as características táteis de um produto são muito relevantes. Muitas vezes a qualidade de um produto é atribuída mais pelo exame tátil do que à visão. Por exemplo, na compra de itens de vestuário, cama, mesa e banho ou em móveis como cadeiras e sofás, a maciez e a textura são definidas pelo tato. Também, é comum no varejo a utilização de música ambiente, porém quase nunca a seleção de músicas é de forma proposital. Considerando que a experiência do consumidor é multissensorial, um grupo de pesquisadores descobriu que a suavidade musical alta aprimora a percepção de suavidade tátil do consumidor. Isso ocorre devido a uma transferência de associações sobre suavidade do auditivo para o tátil. Considerando que os varejistas não podem mudar os produtos onde o aspecto central é suavidade (exemplo: toalhas, roupas e decoração), esta descoberta é importante porque eles podem trabalhar aspectos do ambiente de loja para provocar avaliações mais positivas do produto. Para tanto, os varejistas podem dispor os produtos fora da embalagem para amostra e devem evitar músicas excessivamente altas, desagradáveis e inesperadas.

Fonte: Imschloss, M., & Kuehnl, C. (2019). Feel the Music! Exploring the Cross-modal Correspondence between Music and Haptic Perceptions of Softness. Journal of Retailing, 95(4), 158-169.