Por: Djonata Schiessl

Tecnologias como o reconhecimento facial, biotipo e geolocalização permitem com que as empresas façam anúncios personalizados em lojas físicas por meio de displays digitais na loja. Porém, isso pode gerar constrangimento para os consumidores e afetar negativamente a satisfação. Isso porque muitos produtos que eventualmente aparecem são de uso particular e expõe indevidamente as necessidades dessa pessoa. Sendo assim, até que ponto as marcas podem utilizar esse método de anúncio nas lojas físicas?

Um estudo recente demonstrou que, quando a marca usa um anúncio personalizado em público, o consumidor se sente constrangido frente aos outros e avalia negativamente a loja. Porém, se o anúncio tem um apelo para reforçar a identidade da pessoa com slogans como: “seja você mesmo”, “ame-se”, o consumidor melhora a avaliação da loja. Isso acontece porque ele se sente lisonjeado perante os demais consumidores.

Dessa forma, as empresas que usam painéis digitais em suas lojas físicas não podem usar as mesmas personalizações que são usados na internet devido a privacidade. Por isso, em lojas físicas, o ideal é fazer anúncios que reforçam a identidade das pessoas com slogans que destacam as qualidades do público alvo.
Fonte: Hess, N. J., Kelley, C. M., Scott, M. L., Mende, M., & Schumann, J. H. (2020). Getting Personal in Public!? How Consumers Respond to Public Personalized Advertising in Retail Stores. Journal of Retailing, 96(3), 344-361.